Terça, 02 de Março de 2010
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, informou nesta terça-feira (02) que de 2002 a 2008 foram desmatados 16.576 quilômetros quadrados na Caatinga, o que equivale a 2% do bioma no país. A área de Caatinga, mapeada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é de 826.411,23 quilômetros quadrados. Desses, 45,39% não existem mais.
Para o ministro, o número é muito alto. 'Podemos dizer que equivale proporcionalmente à área desmatada na Amazônia se considerarmos que a Amazônia é cinco vezes maior que a Caatinga'. Segundo a Agência Brasil, os estados que mais desmataram foram a Bahia e o Ceará. Juntos, eles desmataram quase 9 mil quilômetros quadrados em seis anos.
Entre 2002 e 2008, o desmatamento na caatinga foi de 16.576 quilômetros quadrados. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o total de área desmatada no período aumentou 43,38% para 45,39%.
O número nos seis anos corresponde a taxa anual média de desmatamento de 2.763 quilômetros quadrados. Segundo a Agência Estado, da lista de dez municípios brasileiros localizados na caatinga que mais desmataram a nesses seis anos, quatro estão no Ceará (Acopiara, Tauá, Boa Viagem e Crateús), quatro na Bahia (Bom Jesus da Lapa, Campo Formoso, Tucano e Mucugê) e dois de Pernambuco (Serra Talhada e São José do Belmonte).
Além disso, a emissão média anual de dióxido de carbono (CO2) durante esse período, devido ao desmatamento da caatinga, foi de 25 milhões de toneladas. Minc destacou que o desmatamento da caatinga é pulverizado, o que significa que não se concentra em uma determinada área. Por isso, é mais difícil combatê-lo. Entre as principais causas do desmatamento da caatinga estão o uso da mata nativa para lenha e carvão e o avanço de polos agrícola e pecuário.
Farol da Cidade, com informações do Correio 24 Horas
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